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Cadeira 29

Patrono: Olavo Bilac

Ocupantes: Henrique Orciuoli, A. Machado Pauperio

 Acadêmico atual: Waldir Ribeiro do Val

Nasceu em Ariranha (SP), de onde saiu com quatro anos. Aprendeu a ler em casa, com sua mãe Élide e mudando-se para Anta, no Estado do Rio, passou por sua primeira escola. Estudou ainda no primário em São Paulo e em Andrade Costa, município de Vassouras (RJ), quando sua família passou um ano na casa de seus avós. Aí, aos 10 anos, ouviu seu avô, Carlos Ribeiro do Val, declamar repetidamente várias poesias, a principal delas ”O Livro e a América”, de Castro Alves, que logo aprendeu de cor, além de versos humorísticos e satíricos, quadras, glosas e outros pequenos poemas.

Quando residiu em Castelo (ES), foi no Ginásio Municipal daquela pequena cidade que despertou para a poesia. Já conhecia alguns versos infantis de Olavo Bilac, como “O pássaro cativo”, que recitava com ênfase.

A passagem de Agripino Grieco por Castelo, no périplo de conferências literárias que empreendia naquele tempo (por volta de 1940, 41), despertou-o para a poesia e a vida de Castro Alves, que já admirava por causa do poema “O livro e a América”. Uma de suas leituras freqüentes eram os poetas e prosadores inseridos na Antologia Nacional, de Fausto Barreto e Carlos de Laet. Muitos dos autores ali reunidos Waldir sabia de cor, de tanto ler e reler. Por esse tempo, conheceu as Espumas Flutuantes, de Castro Alves, e outros autores, cujos versos iam sendo reproduzidos no jornal local, Brasil Novo; eram principalmente poetas espírito-santenses, ou que tinham ligação com o Espírito Santo.

Indo mais tarde para Vitória, onde terminou seu curso Clássico, conheceu o professor de Português, o poeta Ciro Vieira da Cunha, que o estimulou a escrever. Uma carta deste, sobre a coleção Orvalho, serviu de prefácio ao livro de estréia do novo poeta.

Em Vitória, Waldir juntou-se a outros jovens, contistas, romancistas e poetas, na Academia Capixaba dos Novos, de que viria a ser presidente. Durante os cinco anos que residiu naquela Capital, de 1948 a 1952, colaborou constantemente em A Gazeta e em outros jornais, com artigos e poemas. Foi por isso considerado capixaba, estando incluído na antologia Poetas Espírito-Santenses, de Elmo Elton.

Ainda quando vivia em Vitória publicou seu segundo livro de poesia, Cântaros vazios, no qual a crítica notou a influência de poetas como Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e outros.

Ao se transferir para o Rio de Janeiro matriculou-se na Faculdade Nacional de Direito e ali encontrou em alguns colegas um ambiente cultural propício a seu intento. Suas primeiras pesquisas sobre Raimundo Correia foram publicadas na revista A Época, da Faculdade de Direito, tendo a esse artigo se referido Raimundo Magalhães Júnior, em sua coluna do Diário de Notícias.

Passou a escrever artigos literários para os jornais Diário de Notícias, Correio da Manhã e Jornal do Commercio. Em 1955 seu ensaio Raimundo Correia estudante foi publicado numa nova coleção, do Serviço de Divulgação do MEC, dirigida pelo Prof. Simeão Leal. Por essa época, foi ouvinte do curso ministrado pelo escritor Augusto Meyer na Faculdade Nacional de Filosofia, ainda na Esplanada do Castelo. O grande humanista, crítico e poeta concedeu-lhe a honra de prefaciar-lhe o livro Vida e obra de Raimundo Correia, publicado em 1960.

Em 1958, convidado por Carlos Ribeiro, preparou a 6ª edição das Poesias, de Raimundo Correia. Por essa época, passou a trabalhar diretamente com o poeta Augusto Frederico Schmidt, atividade qiue lhe proporciomou várias oportundiades, como, por exemplo, conhecer, por intermédio do famoso poeta, figuras como Roberto Marinho, e, então, passar a como redator de O Globo, durante quase dez anos.

Em 1967 trabalhou na seção de imprensa da Embaixada Americana, principalmente traduzindo matérias e escrevendo outras. A seção de imprensa permaneceu no Rio após a mudança da Embaixada para Brasília. Em 1977 foi promovido a assessor cultural, dirigindo o Programa de Tradução de Livros (Book Translation Program), e como editor da revista Diálogo, onde permaneceu por 17 anos, até aposentar-se.

Alérm de escritor, Ribeiro do Val é também editor. Sua primeira editora, Edições do Va, fundada em 1964 e, em 1996, voltou à atividade editorial com Edições Galo Branco, em homenagem a Augusto Frederico Schmidt, trinta anos depois da morte do poeta.

LIVROS PUBLICADOS:

Poesia:

ORVALHO, Pongetti, 1949

CÂNTAROS VAZIOS, Editora A Noite, 1952

POEMAS À MARGEM, Editorial Nórdica, 1992

PEQUENA ANTOLOGIA POÉTICA, Edições Galo Branco, 1998

50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR, Edições Galo Branco,2010

Ensaio:

RAIMUNDO CORREIA ESTUDANTE, Serviço de Documentação, MEC, 1955

VIDA E OBRA DE RAIMUNDO CORREIA, INL, 1960. 2ª edição, Cátedra, 1980

GEOGRAFIA DE MACHADO DE ASSIS, Livraria São José, 1977

ITINERÁRIO POÉTICO DE RAIMUNDO CORREIA, Edições Galo Branco, 2006

Outros trabalhos:

INVENTÁRIO DOS POEMAS E ARTIGOS NOS LIVROS DE AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT, Galo Branco, 1995

Revisão do texto, notas e notícia biográfica, in: Raimundo Correia, POESIAS, 5ª edição

Organização do texto, notas e biografia, in: Raimundo Correia, POESIA COMPLETA E PROSA, Aguilar, 1961

ANUÁRIO DA LITERATURA BRASILEIRA, Rio, 1960, 1961. Fundador e diretor, com Sílvio Castro.

Seleção dos poemas, in: Augusto Frederico Schmidt, ANTOLOGIA POÉTICA, Ed. Leitura, 1962

Notícia biográfica, in: Augusto Frederico Schmidt, O CAMINHO DO FRIO, José Olympio, 1964

Cronologia da vida e da obra, in: Raimundo Correia, POESIAS, 7ª edição, Aguilar, 1976

Inéditos e/ou em preparação:

A CASA MÁGICA (Retratos e lembranças de uma família)

O NOIVO DA MORTE (Biografia de Augusto Frederico Schmidt)

RETRATOS INCOMPLETOS (Biografias)

CARTAS A MINHA MÃE (Algumas recordações)

ÁGUAS PASSADAS E OUTRAS ÁGUAS (Artigos, ensaios)

EXERCÍCIOS DE MEMÓRIA (Memórias e lembranças)

AS BORBOLETAS E OUTROS CONTOS (Contos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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