Solenidade de posse da nova Diretoria da Academia

Foi empossada no dia 5 de março a Diretoria da Academia, eleita para
o biênio 2012-2013, encabeçada pelo Acadêmico Nelson Mello e Souza.
A solenidade, concorridíssima, ocorreu no dia 5 de março, a partir
das 17h, no Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro (IHGB).
Integram, ainda, a Diretoria os
seguintes Acadêmicos: Ricardo Cravo Albin, Vice-Presidente; Marcus
Vinicius Quiroga, Secretário-Geral; Omar da Rosa Santos, Segundo
Secretário; Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Tesoureiro.
Presenças
ilustres
À solenidade compareceram ilustres
figuras da vida cultural carioca, tais como: Ana Maria Machado,
Presidente da Academia Brasileira de Letras; Arno Wehling, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB); Emílio Kalil,
Secretário Municipal de Cultura; ex-ministro Ernani Galvêas,
Presidente do Conselho da Confederação Nacional do Comércio;
jornalista Adolfo Martins, Presidente da Folha Dirigida, Acadêmicos
Merval Pereira, Alberto da Costa e Silva, Alberto Venâncio Filho,
Domício Proença Filho, Murilo Melo Filho, Cícero Sandroni, todos
integrantes do quadro da Academia Brasileira de Letras e Cláudio
Aguiar, Presidente do PEN Clube do Brasil; João Ricardo Moderno, Presidente da Academia Brasileira de Filosofia, além de representantes de várias entidades literárias e culturais.
Apoio dos pares
O Presidente Nelson Mello e
Souza, diante do unânime apoio recebido do corpo acadêmico,
salientou ser justo mencionar os nomes de alguns acadêmicos que,
desde o primeiro momento, dedicaram-se com maior entusiasmo por sua
eleição. “Primeiro o de nosso vice-presidente, escritor e jornalista
Ricardo Cravo Albin que hoje se empossa comigo. Ricardo foi quem
tomou a iniciativa de “intimar-me”, segundo sua própria expressão,
a lançar minha candidatura, de acordo com a decisiva opinião de Omar
da Rosa Santos que também hoje se empossa como 2º Secretário.
Segundo eles a decisão seria natural, devido a minha posição na
antiga diretoria. Em segundo lugar, o incansável trabalho silencioso
e eficaz da poeta Marita Vinelli diuturnamente dedicada ao pedestre
e cansativo esforço de estimular, organizar e coletar votos.
Finalmente, a meu amigo e confrade desta Academia, Claudio Aguiar,
atual presidente do PEN Clube do Brasil, meticuloso e eficiente
maestro e coordenador de todo o esforço do qual resultou minha
eleição, com a ajuda de sua senhora Célia Aguiar.”
Laços familiares
Mello e Souza, tocado pela emoção,
referiu-se à circunstância de que dois de seus parentes integraram o
quadro social da Academia Carioca de Letras. “Julio Cezar, mais
conhecido como Malba Tahan, foi o iniciador entre nós, desde os anos
40 do estilo literário que se nutre no fabulismo moral do Oriente.
Usava-o como estímulo pedagógico recapturando e readaptando lendas e
estórias que formam o legado de nossas esperanças por confiarem na
pureza essencial do homem. Seu trabalho colaborou para uma volta
meio esquecida, a volta para dentro de nós mesmos. Foi um pioneiro
deste estilo no Brasil. Na pedagogia do bem contida em lendas, mitos
e estórias, lutas e heróis, define-se a trajetória que realizarmos,
entre tantos tropeços, na travessia da vida.”
“O outro Mello e Souza –
enfatizou o Presidente eleito –, foi João Batista. Decano da família
como o irmão homem mais velho, foi um grande e renomado professor de
história. Como Malba Tahan, ensinou no colégio Pedro II à época o
mais prestigiado centro de ensino médio do País. Formou legiões de
seguidores e seu trabalho literário, de cunho autobiográfico, como
o mais conhecido deles, “Meninos de Queluz”, cidade berço deste ramo
da família, é todo ele montado em estilo simples, quase coloquial,
mas também enriquecido por planos de leitura que nos levam ao mesmo
processo de pensar nossa vida e nossos tempos. A nos purificar. Espero ter a honra de
conviver dignamente com suas memórias e não ficar aquém de seus
legados.”
Diretrizes
programáticas
Ao referir-se às diretrizes
programáticas que nortearão sua gestão, prometeu fazer com que a
Academia seja mais um ponto de apoio para a cultura literária do Rio
de Janeiro. “Para isto – disse – iremos funcionar de modo integrado
e harmônico, cooperando sempre com outras Academias de Letras e
instituições similares. Afinal, devemos reconhecer que todas estas
instituições, da mais imponente a mais humilde, se alinham no mesmo
esforço de sustentação e divulgação da literatura, lideradas por
nossa referência, ícone e modelo, a Academia Brasileira de Letras. A
Carioca, especialmente agora, nesta fase em que o Rio irá se
transformar em centro de atenções de todo o mundo, tentará, sob
nossa administração, ser parte significativa deste esforço comum.”
Prometeu, ainda, revitalizar a antiga Revista, buscando
"aglutinar em torno dela escritores e pensadores que vivem e
trabalham em nossa cidade e a incentivar parcerias capazes de
possibilitar a Academia a oferecer, com a devida pompa e
circunstância, prêmios literários de valor a escritores e poetas.”